A ADoP esteve representada pelo Diretor Executivo, Dr. António Júlio Nunes, pela Responsável pelo Sistema de Localização, Dra. Sofia Neves, pelo Responsável pelo Gabinete Jurídico, Dr. Rui Alves e pelo Responsável pelo Programa de Educação, Dr. Carlos Santos, no Webinar realizado pela WADA, que contou com a presença do Atleta Olímpico e Presidente da Comissão de Atletas da WADA, Ben Sandford que moderou a sessão, do Diretor Geral da ITA, Benjamin Cohen, do Diretor Médico da WADA ,Alan Vernec, da Diretora da Agência Nacional da Alemanha, Andrea Gotzman e do Diretor de Harmonização e Padrões da WADA, Tim Ricketts.
De início, Ben Sandford referiu alguns aspetos relativos ao impacto do COVID-19 na atividade desportiva nomeadamente ao nível do cancelamento da quase totalidade das competições bem como no encerramento dos locais de treino da maior parte dos atletas de alto nível e respetivo confinamento nas suas habitações.
Alan Vernec, como médico abordou as questões relacionadas com a influência do COVID-19 na saúde , sendo de destacar os seguintes factos: mais contagioso do que a gripe, os assintomáticos transmitem a doença, período de incubação de 2 a 14 dias, forma de transmissão maioritariamente através das vias respiratórias, 20% dos infetados ficam gravemente doente e 2% dos infetados morrem. Fez ainda referência ao facto de pouco se saber sobre a imunidade adquirida após uma infeção por COVID-19 pelo que todo o cuidado é pouco.
Quer Tim Rickets quer Benjamin Cohen apresentaram dados sobre a redução significativa de número de testes realizados após o início da pandemia, tendo chegado a um valor mínimo de somente 600 testes realizados em todo o mundo durante o mês de abril. No sentido de garantir as condições de saúde e segurança de atletas e RCD’s, a WADA elaborou um documento com 15 medidas preventivas para a realização de testes. Para além disso, criou um grupo de trabalho para avaliar esta ou outras situações que possam vir a acontecer e propor soluções ajustadas.
Por fim, Andrea Gotzman explicou como a NADO alemã tentou ultrapassar a suspensão dos testes, que aconteceu no dia vinte e três de março, através de um programa de testagem voluntária com sangue seco, no qual os atletas recebiam um kit, recolhiam o seu sangue e reenviavam para um laboratório em Colónia. Qualquer resultado obtido não servia para sancionar o atleta, mas apenas para efeitos de estudo académico e prova pública de que os atletas alemães se encontravam limpos de qualquer substância dopante.